quarta-feira, setembro 27, 2006

Em fogo

Hoje estou em fogo. Sinto um formigueiro constante na periferia da minha vulva que me deixa com os pêlos do corpo eriçados. À socapa, acaricio-me vezes sem conta na esperança de aliviar toda a tensão acumulada, mas o prazer que tenho não se compara ao que tenho quando estou entre tuas mãos. Anseio sentir a tua pele na minha, com as gotículas do teu suor a acalmar-me os arrepios. Quero sentir-te bem dentro de mim, no ritmo de intensidade gradual como tu tanto gostas, até ao anúncio do sussurro do orgasmo.

terça-feira, setembro 26, 2006

Anúncio

Na semana passada eu e o Marquês demos início a uma tarefa de escrita a dois.
Visto que o género destes textos é bastante diferente daqueles que ambos escrevemos nos nossos blogues, optamos por abrir um novo espaço para publitar estes textos de escrita a duas mãos: o Sonhos a dois.
Esperamos as vossas visitas por lá!

segunda-feira, setembro 25, 2006

A arte da publicidade

Deixo-vos aqui um anúncio que acho uma delícia!
Já que por motivos que me são alheios, desde sempre sou uma adepta do uso do preservativo, este filme fez-me recordar vivências passadas.
Não deixem de ver! De certo também hão-de viajar pelas memórias do passado ou vivênciar o presente!

sexta-feira, setembro 22, 2006

Madrugada quente 3

Quero atingir o cume do meu prazer em simultâneo contigo, junto a ti. Sem me ‘desencaixar’ de ti, aproximo o meu peito do teu e o calor da nossa pele funde-se. Paro os movimentos ondulantes da anca e olho-te fixamente. Os teus mamilos roçam os meus, arrepiando-me dos pés à cabeça. Beijo-te com vontade de absorver todo o teu sabor e sinto-te latejar bem dentro de mim.
Num gesto seguro fazes rolar os nossos corpos no colchão, ficando com o teu peso sobre o meu corpo já transpirado. Os teus olhos queimam a minha pele nos sítios estratégicos que devoras ao passar. As tuas mãos massajam as minhas mamas e a tua respiração ofegante acompanha o latejar do teu pénis ainda dentro de mim.
Devagar inicias um vaivém subtil, num movimento doce como o teu cheiro. As minhas mãos percorrem o teu tronco forte e com as pernas abraço-te, permitindo um contacto maior dos nossos órgãos mais sensíveis. O nosso ritmo intensifica-se e agora sim, sabemos que entramos ambos em contagem decrescente. Pressiono as tuas nádegas contra mim e o meu orgasmo chama pelo teu.
Numa troca de sorrisos cúmplices separamos os nossos corpos e deixamo-nos abraçados na tranquilidade do que acabámos de sentir.
Fecho os olhos enquanto passas a mão pelos meus cabelos e começo a entrar devagarinho num sonho. Sinto-te levantar mas não reajo, porque sei para onde vais. Afastas-te da cama e encostaste-te ao parapeito da janela, a observar-me enquanto durmo e a absorver a fragrância forte que ficou na atmosfera.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Madrugada quente 2

"Puxo-te para mim. Quero sentir o meu sabor na humidade da tua boca.
Quero tomar os teus seios entumescidos nas minhas mãos e beijar-te os mamilos erectos.

O meu sexo procura o teu. Com um sorriso agarra-lo e conduze-lo até ao teu âmago, brincando com a glande na tua vulva.
A nossa excitação invade o ambiente do meu quarto apagando tudo o resto. Só existimos nós no momento em que num movimento descendente de ancas provocas a penetração, de uma forma muito gradual, enquanto emites um gemido grave e profundo.
A visão dos teus olhos fechados, da tua boca entreaberta no preciso momento em que te exploro é algo próximo do prazer no estado puro, sem nome, completamente depurado.

O teu sorriso está de volta, olhas-me directamente nos olhos enquanto me“comes”. Há poucas coisas que me provoquem mais excitação do que um olhar desafiador durante uma penetração.
Com movimentos amplos e compassados conduzes-me lenta mas seguramente a um final que embora feliz não quero antecipar.

Puxo para mim as tuas pernas fazendo com te sentes. A penetração é agora completa. Sinto na glande o encontro com o colo do teu útero que a envolve.
Os espasmos são mútuos e acontecem com uma frequência cada vez maior..
Os movimentos que fazes deixam-me louco. Sinto-te de novo em contagem decrescente"


Marquês

[continua]

quarta-feira, setembro 20, 2006

Madrugada quente

Nas tuas noites de insónia perguntas insistentemente quem eu sou.
Sou a flor que perfuma o teu quarto e invade os teus sentidos, embriagando-te.
Gosto de aparecer quando me evocas nos teus sonhos, quando desesperas pelo meu aroma, como se de uma droga se tratasse.
Entro de mansinho no teu quarto e aninho-me na tua cama, quando menos esperas a minha presença.
Gosto que me observes enquanto descanso no meu sono, que os teus olhos percorram a minha pele e que as tuas mãos hesitem tocar-me.
Gosto que ganhes coragem em avançar para o meu corpo adormecido e a tua boca se perca entre cada vinco marcado do lençol.
Gosto de despertar lentamente com o formigueiro ténue que os avanços da tua língua provocam entre as minhas pernas.
Os teus dedos acompanham a língua no trajecto que me leva à loucura. Num espasmo de prazer os meus dedos perdem-se no teu cabelo e a minha boca procura a tua.
Num beijo com desejo de mais e faço-te rolar na cama, ficando com o meu corpo sobre o teu.
Palmilho-te a pele com beijos, passando num gesto suave os meus lábios sobre as tuas pálpebras, as tuas frontes, as tuas bochechas, o teu pescoço forte. Demoro-me na maçã de Adão e deslizo com a língua em círculos até à concavidade que me leva ao teu ombro. Desço até ao teu mamilo esquerdo pequeno e demoro-me a saboreá-lo. Com a minha mão procuro o teu órgão erecto e passo a mão suavemente. Gemes e não resisto a mordiscar-te o mamilo. O teu sorriso leva-me a investir mais no teu pénis sedento por mim e massajo-o, juntamente com os testículos. A minha boca acompanha a minha mão numa dança alternada de toques suaves com mais vigorosos. Deixo que os meus lábios entreabertos se percam na tua glande e se deliciem com o líquido que me vai trazendo o teu sabor. Desejo, tanto como tu, preencher a minha boca com o teu membro volumoso e duro. No movimento de vaivém procuro a tua base e sinto-o bem fundo. A tua respiração ofegante diz-me que já não aguentas muito e paro.

[continua]

Prólogo da Madrugada

O Marquês de Marialva propôs-me um desafio que não fui capaz de recusar. Propôs-me que escrevesse-mos, a duas mãos, a continuação dos posts Madrugada de verão e Madrugada, quase manhã. Das mãos dele saiu uma escrita das vivências masculinas, das minhas mãos sairá uma escrita dos sentidos femininos, que dará continuidade à sua madrugada de sentimentos suaves, delicados e prazerosos.

Hoje faz um mês que recebo os vossos toques virtuais bem à flor da minha pele. Nada melhor para festejar, do que começar com este desafio tão sensual e provocante do Marquês.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Sonho feminino

Ultimamente tem-se falado muito aqui pela blogosfera sobre experiências sexuais com uma pessoa do mesmo sexo. Confesso que nunca tive a fantasia de ter uma relação sexual com outra mulher, mas também nunca pus fora de questão. Sou mente aberta e não sei se um dia não o farei, mas se e só se tiver prazer em ver uma fantasia desta realizada para satisfação do desejo do meu companheiro. Talvez por este motivo o meu inconsciente tenha andado a fazer trabalho de bastidor, que me fez sonhar esta noite com isso.
No sonho tinha-me encontrado com uma mulher, que por sinal tem/teve algum peso na minha instrução da vida, e que tinha sentido uma química mútua muito forte. Sem palavras, os nossos corpos juntaram pela força de atracção magnética e envolvemo-nos delicadamente nos gestos femininos. De pé, tacteávamos o corpo uma da outra, fazendo deslizar os dedos pelas curvas mais acentuadas e voluptuosas, os beijos envolviam uma doçura absorta num desejo enorme de contacto pele a pele. À medida que a intensidade dos desejos nos invadiam, a urgência do prazer levou-nos a carícias mais ousadas, na origem da humidade aromática entre as pernas. Sem hesitações avancei com o deslizar da minha mão pela vulva daquela mulher tão perfumada e senti uma retracção de parte dela. Talvez um pouco indignada com um contacto mais directo e veloz, reclamou a pressão maior que fizera na sua zona mais sensível que necessita de delicadeza. Não me lembro mais do sonho, mas temo que a minha experiência inconsciente tenha ficado por aí.A lembrança deste sonho deixou-me a reflectir sobre este meu desejo inconsciente nocturno e sobre o motivo porque terminou ali naquele ponto. Não há dúvida que todos, quer homens quer mulheres, têm ritmos e necessidades muito próprias, que são precisas perceber para actuar da melhor forma. Eu no sonho tinha, pelos vistos, um ritmo e uma urgência de satisfação de desejo muito diferente do daquela mulher. Não é à toa que digo muitas vezes ser sôfrega!! Se há coisa que me deixa louca é o contacto dos genitais masculinos sob a roupa interior fina nos preliminares. Gosto de sentir o calor e a pressão dos órgãos robustos masculinos nos meus inchados de prazer.. o jogo das peças que se encaixam até à perfeição. Gosto de sentir o trajecto da mão sem incertezas, forte e vigoroso, no momento e local certo, como só um homem sabe fazer.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Abraço de desespero


Ainda não apanhei avião nenhum, nem cortei qualquer fio da nossa ligação. Fazê-lo seria cortar o cordão umbilical que nos une. Não estou em condições para tomar qualquer decisão que implique uma viragem na vida. Neste momento ir atrás de ti seria uma loucura de uma insanidade tal, que podia enlouquecer com o meu aroma forte. Vacilo entre a razão e a emoção à medida que vou sentindo pequenas golpadas tuas, ‘uma no cravo, outra na ferradura’. As tuas palavras roçam-me na pele com a leveza dos teus dedos, arrepiando-me e amolecendo em cada passagem. A saudade aperta-me num abraço de desespero e sinto que só me resta ficar muda e tranquila à tua espera.
Olho para poente e vejo desejos prometidos nunca realizados, afogados e submersos no meio do oceano que nos separa.

terça-feira, setembro 12, 2006

Dúvida persistente



Acordei e instintivamente procurei-te ao meu lado na cama. Não te encontro, como não te encontro há muito. Cada dia que passa mais longe de mim estás. A nossa barreira é cada vez maior: já não são só kms, países, um oceano e um continente, que nos separam; são o surgir de outras paixões que nos permite manter a sanidade da loucura deste nosso amor ingrato. Questiono-me se esta situação me continua a dar o equilíbrio que sempre prezámos. Acredito que em breve o tempo dar-me-á a resposta que preciso: se corto o fio do telefone que me traz a tua voz, ou apanho o avião que me leva até ti.

sábado, setembro 09, 2006

Olhar rasgado


Quero sentir aquele fogo que lanças cada vez que me despes com o teu olhar rasgado: a forma como me anuncias querer mais do que um beijo terno. A urgência em sentir o meu suor na tua pele atrai-me aos teus braços num gesto seguro. Um beijo que me rouba o oxigénio e a mão direita côncava que procura preencher-se no meu seio esquerdo. O formigueiro inevitável que começa no perínio e sobe até à garganta, cortando-me a voz. A humidade entre as pernas pede-te uma penetração lenta, demorada, até sentir-me totalmente preenchida por ti. O vaivém crescente até ao grito do orgasmo e o teu rosto áspero roçando no meu. Quero o abraço que nos une e o calor do teu corpo que me aquece a alma.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Domina-me



Não, não é egoísmo.
Adoro que me domines.
Também gosto de dominar.
Mas gosto particularmente que me domines.
Gosto que me leves para onde quiseres possuir-me.
Gosto que me manipules o corpo até à posição certeira.
Controla-me cada gesto, cada estremecimento, cada orgasmo.

terça-feira, setembro 05, 2006

Beija-flor





A presença do teu calor revitaliza-me, gradualmente, e a palidez cinza aos poucos desvanece-se dando lugar às minhas melhores tonalidades. Nestas etapas trémulas valho-me dos meus sentidos apurados, principalmente do olfacto. Inspiro, bem fundo, o cheiro libertado pelo calor da tua pele e sinto o sangue inundar as minhas veias. Beijas-me cuidadosamente, como um beija-flor retirando o néctar da flor perfumada. Sinto o teu dedo traçar o contorno do perfil do meu corpo, desde o pescoço até anca. Fazes um desvio do percurso e perdeste na ondulação da minha virilha. A minha humidade atrai-te para o centro da minha vulva, que já palpita pelo teu toque. Demoras-te em arabescos perdidos por todas as zonas mais sensíveis e que tanto prazer nos dão. Sinto o teu dedo entrar em mim e sinto uma vibração a apoderar-se de mim. O teu olhar provocante diz-me que hoje só me darás prazer com aquele dedo irrequieto.

domingo, setembro 03, 2006

Flor pálida


Hoje estou sem o meu aroma de noite quente. Estou como um cinza ténue e pálido que se reflecte no meu olhar caído. Estou a passar uma fase instável, de grandes decisões e mudanças que me abalam os alicerces mais firmes. Preciso de ti e tu aí longe. Ligo-te para a tua voz apaziguar a minha alma, mas as tuas palavras carinhosas só me fazem sentir ainda mais só. O que mais queria neste momento era enrolar-me no teu colo, sentir o teu calor na minha pele, enquanto me afagas o cabelo. Sentir o abraço forte e a segurança que não tenho.

sábado, setembro 02, 2006

Sensualidade feminina



Apesar da bruma húmida que envolve a noite, cheguei agora a casa de um bom momento passado com um grande amigo. Incrível como os nossos bocados de tempo passados juntos variam tanto de conteúdo temático, consoante o estado de espírito de ambos. Hoje o tema principal foi em torno da beleza feminina: estratégias de apresentação estética que as mulheres utilizam; os diferentes pontos de vista na apreciação masculina de tais comportamentos; e sobre mim. Segundo o meu amigo - e passo a citar - sou 'burra por não tirar partido e explorar os atributos privilegiados da minha beleza física', podendo com isso ter filas de homens atrás de mim. Ele considera que nos meus comportamentos por vezes sobressaem 'toques de sensualidade atroz' que, bem trabalhados poderiam ter efeitos interessante com a maioria dos homens.

Argumentei que não me considero ser por norma uma mulher sensual, mas sei ser sensual com quem devo. Sou muito espontânea e transparente e se tentasse tirar partido de algumas características, referidas por ele como atributos positivos à minha beleza, estes comportamentos soariam a artificiais e esforçados. Não me considero ser uma mulher estonteante, mas tenho auto-estima suficiente para saber que tenho características que são atraentes para muitos homens, muito por causa de eu própria as valorizar e gostar. Gosto dos meus olhos castanho-esverdeados, que condizem com a cor natural do cabelo em tons de mel. Gosto do meu pescoço delgado e da minha silhueta bem curvada e delineada. Gosto da localização estratégica de dois sinais que tenho muito sexys. Gosto da minha postura assim descontraida e não concentrada na sedução do outro.

Penso que a classificação da beleza é muito relativa. Há aquela beleza física indiscutível para qualquer um, mas quando se conhece bem uma pessoa, muitas vezes o achar que alguém é belo é um mero reflexo da beleza interior para o exterior. Para além disso, o que é belo aos olhos de um, pode ser ser horrível aos olhos de outro. São gostos e preferências que diferem de pessoa para pessoa.. felizmente! É muito relativo.