
Qualquer dia surripio a chave suplente de tua casa, que está na caixinha no hall de entrada. Usá-la-ei quando menos esperares. Entrarei de mansinho, nas pontas dos pés, como uma bailarina em palco. A caminho do teu quarto vou plantando, ao ritmo dos meus passos, cada peça da roupa que me cobre o corpo. Sei que estarás de costas, a trabalhar no computador. Só sentirás o sabor da minha respiração, quando me aproximar do teu ouvido. Lamberei a tua orelha com a humidade e pressão certa, como sei que ficas louco. Passarei uma perna sobre ti e faço deslizar a cadeira de rodinhas, ficando sentada bem colada ao teu peito. Nesse dia, ficarás por minha conta. Gosto de te interromper o trabalho, de te desconcentrar e relaxar de todas as tensões acumuladas. Enquanto te beijo profundamente, as minhas mãos irão descendo até arrepiar cada pêlo teu; desapertarei o cinto e lentamente cada botão, fazendo roçar o tecido grosso da ganga, no tecido fino do boxer. Meterei a mão e massajarei os músculos duros; gemes e beijas-me desenfreadamente. Descerei e com a boca, libertar-te-ei dos tecidos que te apertam cada vez mais. Abocanho o teu pénis com gosto, lambo-o com prazer, mordo-o com carinho. Agarras-me os cabelos e pedes mais… e mais. Antes que atinjas o orgasmo, saltarei para o teu colo e farei com que te encaixes todo em mim. Balançar-me-ei ao sabor da nossa paixão até que suspendas a respiração e, em uníssono comigo, soltes a tensão de um dia de trabalho.