segunda-feira, janeiro 29, 2007

Hibernação




Diz o velho ditado que ‘depois da tempestade vem a bonança’. Eu diria que depois da bonança vem a tempestade.
Conto os dias, semanas, meses, estações até ao teu regresso que é sempre tão curto para nós. Sempre que me dás o teu calendário de férias, conto meticulosamente os dias que estás a tão poucos metros de mim: 22 dias, 2 não contam, são para viagem; restam-nos 20 dias. Tão pouco tempo para quem ama 345 dias à distância do diâmetro da Terra. Tão poucos dias para estares com tanta gente, com os teus, comigo ainda menos.
Este ano fizeste um esforço redobrado, senti-o. Vivemos intensamente todos os momentos a sós, acompanhados, what ever, interessava era estarmos perto um do outro, para contrabalançar a eternidade em que estamos separados.
Vivo esses dias no presente: não me interessa o passado sofrido e o futuro que será saudoso, importa-me somente viver o presente contigo. Dizes que é o hábito destes últimos anos; eu diria que não me interessa angustiarmo-nos com o que virá. A despedida é sempre dolorosa, já se sabe. Há-de vir, que remédio. Como sempre, vais-te despedir com um ‘até breve’, um beijo, um abraço frouxo e um virar de costas, afastando-te lentamente. Odeias despedidas e eu respeito. Fecho os olhos e seguro a lágrima teimosa que guardo para derramar mais tarde no silêncio do meu canto. Sinto o teu nó no meu estômago enquanto o avião desloca na pista que te leva de mim.
Mais um ano aí virá; mais 345 dias trespassados pela beleza da Primavera a desabrochar, pelo calor das noites de Verão passadas sem ti e pelo cair demarcado da folha no Outono, até chegar o nosso frio mas reconfortante Inverno.
Quero hibernar até ao próximo Inverno.





Talvez por não saber falar de cor
imaginei
Talvez por saber o que não será melhor
aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer
despedir-me de ti
adeus um dia voltarei a ser feliz


Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei pensei que se falasse era fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor
Imaginei
Triste é o virar de costas
O último adeus
Sabe deus o que quero dizer


Obrigado por saberes cuidar de mim tratar de mim
olhar para mim
escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti


Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir
se por falar falei pensei se que falasse era fácil de entender
Eu já não sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir
se por falar falei pensei se que falasse era fácil de entender




The Gift




domingo, janeiro 28, 2007

Fim do desafio

Bom e dou este desafio por terminado e, infelizmente, fracassado devido à falta de participações.
Quero agradecer muito ao Líseo (nunca falhas!), ao Machine e à Ninfa (por se terem esforçado! ;) ) e à Sutra (que visita-me raramente, mas quando vem, vem com qualidade!)!
Lamento muito que não tenha havido mais participações, porque a lista dos filmes podia ser muito maior do que o que publiquei! Acho que para a próxima tenho mesmo de vos aliciar com um prémio!! ;)

Aqui fica a actualização da lista:



- Henry & June (1990), de Philip Kaufman;





















- Orquídea Selvagem, de Zalma King;

















- As idades de Lulu (1990), de Bigas Luna;















FIM.

domingo, janeiro 21, 2007

Desafio em stand by

Pois é.. estou a ver que esta malta só tem motivação para participar quando há prémios envolvidos!!


Até agora só houve um corajoso a participar neste desafio cinematográfio. Este foi o Líseo que me deixou a listinha de eleição dele. Aqui está ela:


- Emanuelle (com diversas versões, dispensa apresentações!);














- Querelle (1982) de Rainer Fassbinder;












- Império da Paixão (1978), de Nagisa Oshima;













- Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima;










- Tess (1979), de Roman Polanski, com Natasha Kinsky;










- Casanova (1976), de Frederico Felinni;








- Atracção Fatal (1987), de Adrian Lyne;












- Nove Semanas e meia (1986);










Bom, e fico a aguardar mais participações durante esta semanita..!

domingo, janeiro 14, 2007

Desafio cinematográfico


Depois do casal Ninfa e Machine ter lançado o desafio Cenas escaldantes na 7ª arte, no qual eu participei com todo o prazer, inspirei-me para lançar um desafio que penso que irá dar muito gozo e prazer aos visitantes!

Ora bem, o pretendido é fazer um levantamento de todos os filmes eróticos comerciais, antigos ou recentes, dentro da onda dos filmes que deram participação no desafio 'Cenas escaldantes'.


Este desafio não tem um carácter de concurso (não, não há prémios para ninguém.. lamento!! :pp), mas tem um objectivo de poder relembrar cenas de cinema que nos marcaram, ou mesmo fazer corrida a clubs de video e deliciarmo-nos refastelados no sofá sozinhos, mas de preferência muito bem acompanhados!!! eheheh E se quiserem reproduzir em casa essas cenas, já é convosco, mas podem e devem partilhar connosco!! ;))


A participação pode ser por comments ou email, dando o nome do filme (original e/ou traduzido) e os nomes dos actores principais). Depois farei a recolha e publicarei aqui.

Bom, só me resta desejar boa sorte para esta aventura cinematográfica!! :))



('Infiel' - o meu filme de eleição)


terça-feira, janeiro 09, 2007

Uma questão pertinente..



"Com toda esta polémica a propósito da clonagem, uma grande pergunta urge colocar:
Uma pessoa que tenha relações sexuais com o seu próprio clone, é Homossexual, está a masturbar-se ou a foder-se?"
(autor desconhecido)

sábado, janeiro 06, 2007

Concurso A4

Ora bem.. é tarde mas penso que ainda vem a tempo!

O FantasiasA4 lançou um concurso bastante interessante que não posso deixar de publicitar, apesar de não contar participar.
As regras estão num outro blogg criado pelos gerentes para esse mesmo efeito: ConcursoA4.
Espero 'ver-vos' por lá!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Sobressalto

Acordo angustiada e sobressaltada, procuro-te do meu lado mas não te encontro. Sinto ainda o teu cheiro na almofada vazia. Inspiro. A vontade de te abraçar e de te ter junto a mim é tão grande que vou à tua procura pela casa. Encontro-te na sala a ver tv, aborrecido pela falta de sono e programas interessantes na grande variedade de canais. Encaixo-me no teu corpo quente e acolhes-me com um sorriso meigo. A tua mão afaga-me o cabelo comprido e, sem quereres, toca-me num peito por cima da camisola branca e justa de dormir. Aquele toque casual desperta-nos os sentidos, levando a que te concentres nesta parte do meu corpo que tanto gostas de demorar a massajar. Beijo-te com vontade, não de te provar, mas de te comer em pedaços. Sinto o teu pénis crescer encostado à minha barriga e procuro-o com a mão, ao mesmo tempo que sinto a tua entrar em mim.