Descompasso

As vezes que estou contigo não me bastam. À noite preencho o vazio do meu lado da cama com sonhos quentes que só me abrem mais o apetite de ti. Sinto que te aproximas de mim abandonada na cama e me cobres com a tua pele quente. Sem rodeios, metes um dedo na minha vulva como que a medir a temperatura para avaliar a urgência do meu avanço. Penetras-me de uma estocada só. Não sai palavra alguma, somente se ouve a respiração descompassada de duas almas desejosas e famintas. Os teus movimentos são bruscos, como sabes que tanto gosto, como me fazem tão bem gemer. Gostas de me fazer gemer assim, sem qualquer troca de palavras.